I have mentioned this before and am reminded again by this mornings programme Ecologia on Globo TV, that the prime cause for deforestation is the growing desire for more beef, of all the present area of deforestation in the Amazon region about 80 % is used for rearing cattle, mainly for export sales. What I had not realised is that cattle will cause deforestation without man cutting any trees, the process of cattle walking and compacting the soil will reduce the capacity for absorbing rain and mineral absorption into the soil, this compacting also encourages the introduction of termites and they, with the drying of the land, will in turn cause the natural deforestation.
Aqui parte de artigo no internet
PHILIP M. FEARNSIDE
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Caixa Postal 478, Manaus, 69083-000, Amazonas, Brasil.
e-mail: pmfearn@inpa.gov.br
http://www.unifap.br/ppgbio/doc/16_Fearnside.pdf
Brazil’s Amazon forest remained largely intact until the “modern” era of deforestation began with the
inauguration of the Transamazon Highway in 1970. Amazonian deforestation rates have trended
upward since 1991, with clearing proceeding at a variable but always rapid pace. Although Amazonian
forests are cut for various reasons, cattle ranching predominates. The large and medium-sized ranches
account for about 70% of clearing activity. Profit from beef cattle is only one of the income sources that
make deforestation profitable. Forest degradation results from logging, ground fires (facilitated by
logging), and the effects of fragmentation and edge formation. Degradation contributes to forest loss.
The impacts of deforestation include loss of biodiversity, reduced water cycling (and rainfall), and
contributions to global warming. Strategies to slow deforestation include repression through licensing
procedures, monitoring, and fines. The severity of penalties for deforestation needs to be sufficient to
deter illegal clearing but not so great as to be unenforceable. Policy reform is also needed to address
root causes of deforestation, including the role of clearing in establishing land claims.
RESUMO
A floresta amazônica brasileira permaneceu completamente intacta até o início da era
“moderna” do desmatamento, com a inauguração da rodovia Transamazônica, em 1970.
Os índices de desmatamento na Amazônia vêm aumentando desde 1991 com o processo de
desmatamento num ritmo variável, mas rápido. Embora a floresta amazônica seja desmatada
por inúmeras razões, a criação de gado ainda é a causa predominante. As fazendas de médio
e grande porte são responsáveis por cerca de 70% das atividades de desmatamento. O comércio
da carne bovina é apenas uma das fontes de renda que faz com que o desmatamento seja
lucrativo. A degradação da floresta resulta do corte seletivo, dos incêndios (facilitados pelo
corte seletivo) e dos efeitos da fragmentação e da formação de borda. A degradação contribui
para a perda da floresta. Os impactos do desmatamento incluem a perda de biodiversidade,
a redução da ciclagem da água (e da precipitação) e contribuições para o aquecimento global.
As estratégias para desacelerar o desmatamento incluem a repressão através de procedimentos
de licenciamento, monitoramento e multas. O rigor das penalidades deve ser suficiente
para impedir os desmatamentos ilegais, mas não tão grande que as impeçam de ser executadas.
Uma reforma política também é necessária para discutir as causas primordiais do desmatamento,
incluindo o papel do desmatamento no estabelecimento da posse da terra.
INTRODUÇÃO
A ocupação intensa da Amazônia começou no início da
década de 1970. Embora áreas extensas ainda permaneçam
intactas, a taxa de perda da floresta é dramática,
em especial no “arco do desmatamento”, ao longo
das bordas sul e leste. A perda da biodiversidade e os
impactos climáticos são as maiores preocupações. A
vastidão das florestas remanescentes significa que os
impactos potenciais do desmatamento de forma continuada
são muito mais importantes que os já severos
impactos que ocorreram até hoje.
O combate ao desmatamento no Brasil é uma prioridade
para o governo e para as organizações internacionais.
O monitoramento e a repressão são, atualmente,
as estratégias principais. Uma fiscalização efetiva e
a arrecadação de multas daqueles que não possuem
autorização do Ibama, contudo, devem ser acompanhadas
pela compreensão necessária dos aspectos sociais,
econômicos e políticos para se tratar o problema por
meio de mudanças na política.
A EXTENSÃO E O ÍNDICE DE DESMATAMENTO
Em 2003, a área de floresta desmatada na Amazônia
brasileira alcançou 648,5 x 103km2 (16,2% dos 4 x
106km2 da floresta original da Amazônia Legal, que é
de 5 x 106km2), incluindo, aproximadamente, 100 x
103km2 de desmatamento “antigo” (pré-1970) no Pará
e no Maranhão (Figura 1; INPE, 2004). O índice atual e
a extensão cumulativa do desmatamento abrangem
áreas enormes. A extensão original da floresta amazônica
brasileira era, aproximadamente, equivalente
à área da Europa Oriental. O índice é freqüentemente
discutido no Brasil em termos de “Bélgicas” já que a
perda anual equivale à área desse país (30,5 x 103km2),
enquanto que a soma cumulativa é comparada à França
(547,0 x 103km2). A presença européia, por quase
cinco séculos, antes de 1970, desmatou uma área ligeiramente
maior que Portugal. Os valores atuais do
desmatamento podem ser obtidos na website do INPE
(http://www.inpe.br). As explicações oficiais, assim
como os motivos pelos quais os índices do desmatamento
flutuam (decretos influenciando os incentivos
e programas para fiscalização e arrecadação de multas),
no entanto, são provavelmente incorretos, como
explico aqui. Além disso, uma variedade de questões
técnicas sobre as próprias estatísticas permanece em
aberto (Fearnside & Barbosa, 2004).
CAUSAS DO DESMATAMENTO
Na Amazônia brasileira, o peso relativo dos pequenos
fazendeiros versus grandes latifundiários altera-se continuamente
devido às pressões econômicas e demográficas.
Os grandes latifundiários são mais sensíveis às
mudanças econômicas, tais como as taxas de juros e
outros investimentos, subsídios governamentais para
o crédito agrícola, índice de inflação e preço da terra.
Os incentivos fiscais foram um forte condutor do desmatamento
nas décadas de 1970 e 1980 (Mahar, 1979).
Embora um decreto em 1991 tenha suspendido novos
incentivos, os antigos continuam, ao contrário da impressão
sustentada por afirmações de autoridades do
governo de que tudo acabou. Outros incentivos, como
o crédito subsidiado pelo governo com taxas bem abaixo
da inflação, tornaram-se muito mais escassos depois
de 1984.
Antes do Plano Real, em 1994, a hiperinflação dominou
a economia do Brasil durante décadas. A terra era
muito valorizada e os preços atingiam níveis mais altos
do que poderiam ser justificados como um insumo para
a produção agropecuária. a retirada das florestas possibilitava
reivindicações pela terra e o desmatamento
para a formação de pastagens era o mais barato e mais
efetivo nesse sentido, embora seja questionável até
onde essa atividade era usada como especulação de
terra (Hecht et al., 1988; Farninow, 1998; Fearnside,
1987, 2002b). A especulação de terra foi importante
até por volta de 1987, quando houve um aumento subseqüente
do lucro da pastagem a partir da produção de
carne bovina (Mattos & Uhl, 1994; Margulis, 2003).
A recessão econômica brasileira é a melhor explicação
para a queda nos índices do desmatamento de 1987
até 1991. Os fazendeiros não tinham capacidade de
expandir suas áreas desmatadas tão rapidamente e o
governo não tinha recursos para a construção de rodovias
e para projetos de assentamento. O impacto das
medidas de repressão (p. ex., patrulhamento com
helicópteros, confisco de motoserras, multas) foi, provavelmente,
menor. A mudança política sobre os incentivos
fiscais também foi ineficaz. O decreto suspendendo
os incentivos (nº 153) começou a vigorar em 25 de
junho de 1991 – subseqüente à maior queda observada
no desmatamento (Figura 1). Mesmo naquele último
ano (1991), o efeito teria sido mínimo, porque o
mês de agosto foi a data média das imagens do satélite
Landsat para o conjunto de dados de 1991. Em seu
ponto mais baixo, em 1991, muitos fazendeiros foram
impossibilitados de usar seus recursos para investir em
desmatamento porque o então presidente, Fernando
Banco Mundial dá financiamento a gado na Amazônia
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da Folha de S. PauloEstá aprovado. O Conselho de Diretores da IFC (Corporação Financeira Internacional, na sigla inglesa), o braço do Banco Mundial (Bird) que financia a iniciativa privada, decidiu ontem emprestar US$ 90 milhões para o Grupo Bertin, a segunda maior empresa de carnes do mercado brasileiro.
O dinheiro será usado para um grande projeto de expansão do conglomerado, que tem capital 100% nacional. Parte desses recursos vão ser aplicados na Amazônia (Pará, Rondônia e Mato Grosso), o que está preocupando os ambientalistas.
"Essa aprovação diminui ainda mais a credibilidade da IFC, que já está bastante erodida", disse Roberto Smeraldi, diretor da Amigos da Terra Amazônia Brasileira. "É mais um problema para o banco, que terá de mostrar que as suas ações não causam dano ao ambiente."
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u16101.shtml
Um relatório divulgado nesta segunda-feira pela ONG ambientalista Greenpeace acusa o governo brasileiro de financiar indiretamente a destruição da Amazônia por meio de recursos destinados à criação de gado em áreas desmatadas ilegalmente.
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090601_greenpeace_gado_amazonia_rw.shtml
http://www.greenpeace.org/brasil/amazonia/gado/gado-na-amaz-nia